Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: março 2019

27 de mar. de 2019

Portela 2019 nas campeãs, crônica de um agradecimento. Por Valéria del Cueto

Portela 2019 nas campeãs, crônica de um agradecimento

Texto e fotos de Valéria del Cueto
Ainda não aprontei o material da Portela, mas há uma passagem que está pulando na frente das milhares de imagens que fiz na Sapucaí, nesse carnaval. Como sempre, só costumo falar do que vejo e, com mais de 10 anos na pista, é surpreendente como a gente ainda vê coisas…
A Portela desfilou no mesmo dia da Mangueira e, por produzir um material bem minucioso sobre a bateria, acabei fazendo com menos rigor os desfiles das escolas que a antecediam, mudando o percurso que considero ideal para registrar os enredos e a evolução das agremiações.
Passei pela Portela, mas não pude prestar atenção em alguns detalhes. Entre eles, o motivo da grande quantidade de diretores e harmonia no entorno do abre-alas que trazia o primeiro destaque da escola, Carlos Reis, ladeado por Tia Surica e Monarco.

Olha o grau da responsabilidade, fotografar meus ídolos. Também fotografei os empurradores dos elementos alegóricos que, acoplados, trazia o símbolo da escola, a águia portelense.



No desfile das campeãs a Portela, quarta colocada, foi a terceira agremiação a se apresentar.
Na cabeça da escola, aproveitei para fazer com calma o registro de Cinthia e Adriano, filho do amigo de longa data e presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães.



Na sequência, a comissão de frente, a porta-bandeira e o mestre-sala, Lucinha Nobre e Marlon Lamar.



Foi quando, depois da apresentação do casal para o segundo módulo de julgadores, resolvi cruzar a pista para o lado oposto a cabine.

A melhor forma de fazê-lo era passar voando pela frente do abre-alas. Foi ali que vi, novamente, Elisa Fernandes, diretora de alegoria, responsável pelo abre-alas.

No meio do caminho, quando procurava um ângulo para fazer sua foto, veio em nossa direção o casal com o pavilhão da escola. Quer, dizer, na direção dela, Elisa.



Acreditem, fiquei quase vendo a cena que fotografei pelas costas, se não tivesse dado uma corrida e invertido o eixo. Porque, de mãos dadas com a diretora de alegoria, responsável pelo abre-alas, o casal a conduziu em direção a torcida!



Por ela, Elisa foi efusivamente aplaudida e, junto com o mestre-sala e a porta-bandeira, saudou o público das arquibancadas e frisas.



É claro que vi Elisa chorando, mas não por muito tempo.



Vi Elisa recebendo a bandeira para saudá-la.



E, depois, ser abraçada por Lucinha e Marlon. Vi mãos se encontrando nesse abraço carinhoso envolvendo a diretora de alegoria. De amor e admiração.



Guardei as imagens, sabendo que era o agradecimento pelo esforço feito por Elisa e uma incrível equipe, para superar um desafio, mais um, dos que presenciamos na pista. O abre alas havia cruzado a Sapucaí, no dia do desfile, no muque deles, dirigidos por ela!



Só tive noção do tamanho da superação quando, no dia 8 de março, dia Internacional da Mulher, Elisa Fernandes contou a história do desafio que caiu sobre seus ombros e, com a ajuda da harmonia para solucioná-lo, a Portela enfrentou nem seu desfile. Essa parte (a mais importante da história) você pode ler AQUI.

Aproveita para refletir...



Resolvi "recortar" esse episódio, porque quero celebrar o esforço de Elisa, a generosidade do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Lucinha Nobre e comemorar, com você, a chance de estar bem ali, e podido contar uma parte dessa (linda) história carnavalesca...



Aqui no vídeo da passagem do abre-alas com a águia pela torre, a caminho da Apoteose, dá para ter uma ideia do que foi a epopeia portelense.



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9 de mar. de 2019

Oxalá acima de tudo, Mangueira acima de todas! Por Valéria del Cueto




Oxalá acima de tudo, Mangueira acima de todas! 

Os filhos fiéis comemoram: a Nação Verde e Rosa é campeã.
Texto e fotos de Valéria del Cueto

Que carnaval foi esse! O desfile das escolas de samba do grupo especial, no sambódromo carioca, na Marquês de Sapucaí, é um resumo desse caldeirão chamado Brasil. Enquanto o país patina na crise e a falta de recursos é geral, lá o produto mais distribuído foi dinheiro.

De corruptos, vendidos e ladrões. Na São Clemente, Paraíso do Tuiuti e Imperatriz. Além de cédulas também voaram pelo espaço aéreo da Passarela do Samba, o Padim Padre Cícero, na União da Ilha, e os emojis na Grande Rio. Nada que fizesse subir, aos céus do sábado das campeãs, nenhuma das citadas.
              Na montagem, enquanto a Fenix carrega no bico o símbolo da vice-campeã Viradouro, Padre Cícero e emogis passeiam pelo espaço aéreo do setor 1.

Sobe a Estácio de Sá. Junto com o Império Serrano, a Imperatriz foi rebaixada. A escola mais injustiçada, novamente, foi a São Clemente. Seu desfile delicioso deu o recado reeditando do enredo “O Samba, sambou”. “Luzes câmeras e som, mil artistas na Sapucaí...”

 
Na São Clemente, recado direto para o prefeito Crivella.

Esse ano, a TV Brasil não transmitirá o desfile das campeãs. E é melhor assim. Seria difícil não enquadrar os protestos que, certamente, aparecerão depois da performance presidencial em suas postagens carnavalescas. O que por um lado pode ser ruim, por outro, garante que as redes sociais vão bombar na noite de sábado, o desfile começa às 21:15h.

Quem abre a festa é a Mocidade Independente de Padre Miguel. A escola cai dentro do tema proposto "Eu sou o Tempo. Tempo é Vida”. No abre alas com sua mítica estrela, Elza Soares, será festejada no enredo de 2020. O futuro já começou em Padre Miguel.


A Estrela da Mocidade aponta para o futuro: Elza Soares vai brilhar em 2020

A seguir vem o quinto colocado, Salgueiro, com “Xangô”. As dificuldades, capitaneadas pela disputa à presidência da escola, se refletiram na apresentação. Embalado por um ótimo samba, o casal de porta-bandeira e mestre sala, Marcella Alves e Sidcley, retornou ao posto, depois de afastado pela antiga diretoria.


Marcella Alves, Sidcley e o pavilhão salgueirense.


Salgueiro canta Xangô, composição de carro.


O destaque do tripé em que vinha Djalma Sabiá, último remanescente do grupo de fundadores e presidente de honra do Salgueiro, passou mal e desapareceu no meio de plumas e adereços. Foi retirado da pista pelos bombeiros, logo depois da torre de TV.

A Portela trovejou, mas não relampejou cantando Clara Nunes. A azul e branco perdeu pontos em alegorias e adereços, bateria, comissão de frente e evolução. A ala desenhada por Jean PaulGaultier, que não pode comparecer, contou com personalidades francesas e foi inspirada em marinheiros bleu, blanc, rouge.


Ala da Portela, efeito e movimento na pista

Já a Vila Isabel de Martinho, num luxo só para cantar as belezas da Petrópolis Imperial, terceira colocada, perdeu décimos em quesitos em que sempre foi forte: enredo, bateria e samba.


Portões de Petrópolis, cenário imperial brasileiro


Carro alegórico da Vila, tecnologia de Parintins


Destaque da Vila

O que não foi bom para a escola do bairro de Noel ano passado, caiu como uma luva na Viradouro. A letra do samba já cantava “O brilho no olhar, voltou...” Vinda do Acesso, a representante de Niterói deu uma incrível arrancada com a chegada de Paulo Barros, alcançando o vice-campeonato com “ViraViradouro”.


Componentes realizados: do acesso ao vice-campeonato da escola de Niterói.

O samba é capaz de coisas incríveis. O governador Wilson Witzel, não estava na pista no desfile do Paraíso do Tuiuti, quinta escola a desfilar na segunda feira, falando do bode eleito vereador. Mas aquele que, um dia, foi fotografado comemorando com correligionários que rasgaram a placa de Marielle Franco, não fez forfait na hora de beijar o pavilhão verde e rosa.


O governador do Rio de Janeiro beija(?) a bandeira da Mangueira, a escola que trouxe Marielle Franco no enredo.

A passagem da Mangueira foi avassaladora, com o enredo “Histórias pra ninar gente grande”, do carnavalesco Leandro Vieira (Marielle é citada no samba), falando da história que a história não conta. Incluindo a dos culpados pelo assassinato da vereadora, há praticamente um ano.


Os filhos fiéis comemoram: a Nação Verde e Rosa é campeã.

Não foi uma conquista fácil. A escolha do enredo, a disputa apertada do samba, o trabalho heroico da direção ao unir a comunidade enquanto a agremiação era achincalhada, com poder municipal a responsabilizando pela perda de patrocínios. E a comunidade lá, na quadra, na roda. Cantando nos ensaios como se não houvesse amanhã e driblando os obstáculos. No barracão, a falta de recursos. Leandro Vieira e sua equipe se virando. Foi um processo complicado. E o povo lá!


Squel Jorgea, Matheus Olivério e o pavilhão verde e rosa.

Ao pisar na Sapucaí a verde e rosa vai cheia de moral, cantando de peito aberto pelo direito de ser e dizer. Livre. Da ignorância, do preconceito, da tentativa vã de calar a voz do povo, do samba. De transformar nossa festa na mais reles pornografia.


Comemorando 60 anos, a bateria da Mangueira com mestre Wesley gabaritou. 10 em todos os módulos.
A Mangueira é história e faz história no palco que lhe cabe. A passarela do povo. Criada há 35 anos por Oscar, Darcy e Brizola. Palco plural de cultura popular, resistência e, sim, onde a voz do samba se faz ouvida. Do nosso chão, para mundo inteiro.


Evelyn Bastos, a Rainha de Bateria, vibra.

*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Da série “É carnaval”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com
Ordem dos desfiles:
Mocidade Independente
Salgueiro
Portela
Vila Isabel
Viradouro
Mangueira

Clique AQUI para acessar o ensaio fotográfico e os vídeos da pagina Na luta é que a gente se encontra,  Mangueira Campeã

  
Diagramação Luiz Márcio – Gênio a quem agradeço, junto com a direção do Diário de Cuiabá!


Studio na Colab55

6 de mar. de 2019

Mangueira, campeã do carnaval carioca de 2019, por Valéria del Cueto



Na luta é que a gente se encontra! Mangueira campeã 2019

Entenderam o recado?



Clique AQUI para acessar o ensaio fotográfico Mangueira campeã do carnaval 2019
(ainda não está completo)

Ensaio fotográfico e registros no canal del Cueto, no youtube de (C)2019 Valéria del Cueto, all rights reserved
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Agradecimentos a Mestre Wesley, sua diretoria, os ritmistas da Bateria e os componentes da Gres Estação Primeira de Mangueira pelo carinho e o apoio ao trabalho.

O grupo Gres Estação Primeira de Mangueira, no FLICKR é o acesso para a coleção de registros da verde e rosa da fotógrafa. Curta nossa página no Facebook e faça sua inscrição no Canal del Cueto no Youtube, desde 2008 registrando momentos do carnaval carioca.

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