Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 06/11/10

11 de jun. de 2010

Ambulância nova rodando em Uruguaiana

Município recebeu nova ambulância UTI Móvel para o Hospital Santa Casa de Caridade. O veículo adquirido por R$ 110 mil dará apoio para remoção de pacientes aos centros de referência, localizados nas cidades de Porto Alegre, Santa Maria e Rio Grande.

O canto da sereia

de Rônei Araújo da Rocha
médico psiquiatra



Quando se enfrenta uma guerra, é fundamental conhecer a fundo o nosso inimigo, caso contrário o desfecho estará definido desde o início. Todas as campanhas contra as drogas martelam continuamente em cima dos malefícios que elas causam, mas quase nada falam sobre seus “benefícios”. Alguém imagina que teríamos, há tanto tempo, verdadeiras legiões de viciados, continuamente se renovando, se os efeitos das drogas não fossem maravilhosos? Pois preparamos os nossos soldados para essa guerra avisando que as drogas fazem mal, mas praticamente não os alertamos sobre como elas seduzem. E como seduzem! Um calmantezinho é muito eficiente para relaxar quando as coisas saem do controle, não é? Pois não há calmante que se compare com a maconha. Acalma tanto, que chega até a abatumar o nosso cérebro. Desanimado e triste? Precisando de uma energia extra? Enquanto um pobre antidepressivo pena por mais de um mês, tentando trazer a química do seu cérebro para o nível normal: Tcham! Tcham! Tcham! Tcham! Uma carreira de cocaína e você nunca vai ter se sentido com tanta energia. Mais que isso. Euforia. Você se lembra da última vez que se sentiu eufórico com algo? Pois é, ao custo de apenas alguns neurônios você tem toda essa sensação ao alcance do seu pobre nariz. Mas se está em busca de algo ainda mais forte, temos o crack, o máximo ao nosso alcance, já que felizmente não temos heroína. Muito cara, e muito mortal; quando um especialista francês foi questionado sobre o prazer que a heroína proporcionava, estimou: Uns mil orgasmos! Simultâneos! Como é que se combate inimigos como esses? Por certo que não é somente estimulando o medo, a culpa, e muitos preconceitos, como fazemos. Mas infelizmente a nossa sociedade funciona desta maneira. Somos todos treinados – provando na própria pele – para encontrar os erros e apontá-los, e assim o faremos, mesmo que cheios de boas intenções. Você sabe do que eu estou falando. Quantas gerações foram educadas com a catastrófica cultura de que elogiar “estraga” a pessoa? Viciados em drogas frequentemente eram tachados de “malandro”, “boa vida”, “vagabundo” e “esperto da família”, a quem faltava força de vontade para mudar de vida. Os principais alvos na guerra contra as drogas são os adolescentes, e até crianças. Para protegê-los melhor, nossa arma mais poderosa é fazer com que conheçam outros prazeres, num legítimo combater fogo com fogo. Um adolescente deprimido, excessivamente ansioso, ou com a auto-estima baixa, será uma presa fácil quando experimentar a droga certa para ele. No entanto, caso possa sentir o prazer de tirar uma nota boa em uma prova difícil; de receber um elogio merecido; de conquistar aquela guria ou guri que tanto deseja, talvez o canto dessas sereias se torne menos atraente. Só então poderá, de verdade, ter uma boa vida e se tornar o esperto da família.



Sugestões de temas para a coluna de Rônei Rocha podem ser enviadas por e-mail para: benhurb@live.co.uk

Gatão de Meia Idade - Sandrão nua & crua

Parece que a cidade sairá da geladeira no final de semana

Segundo o Departamento de proteção ao Voo do Aeroporto Internacional Rubem Berta a temperatura mínima foi registrada a meia-noite 8.1º.C. Agora 9.5º.C