Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 08/21/09

21 de ago. de 2009

Leia aqui e só aqui! TRIBUNA 22.08



Conselheiro Hélio Mileski fala com exclusividade ao TRIBUNA

Transferida licitação da água em Uruguaiana

Em entrevista exclusiva ao programa Grande Jornal da Manhã, às 8h30min, desta sexta-feira, dia 21 de agosto, na Rádio Charrua AM, o prefeito José Francisco Sanchotene Felice anunciou que a licitação para os serviços de água e esgoto em Uruguaiana, programada para segunda-feira, dia 24/08, foi transferida para o dia 14 de outubro de 2009.

As pílulas do Fred Marcovici



Fraternidade! O deputado Frederico Antunes demonstra em todas as atitudes a céu aberto, devoção especial ao nome do empresário José Carlos Becker. A sucessão ao Palácio Barão do Rio Branco deverá passar, inevitavelmente, por Ronnie Mello ou, afetuosamente, pelo líder dos caminhoneiros proprietários. Ou não, como diria Caê.

Mas, quando será? O multidesportista Vicente Majó da Maia (colunista Tribuna) e o ambientalista Valério Pimpão estão aguardando a nomeação como secretário de Esportes e do Meio Ambiente. O convite foi feito, aceito e até hoje o projeto de criação de três secretarias não foi para o Legislativo: Esportes, Transportes e Meio Ambiente.

Trio insuportável.
As filas no Supermercado BIG, farmácias sem remédios e os imexíveis trilhos da ALL.

Brilho próprio. A auto-estima de Rosário do Sul, medida pela iluminação, está nas nuvens. Um amigo, de retorno à cidade cruzou pela ponte e trevos rosarienses - um verdadeiro dia. E nem precisa de gerador, a AES Sul resolve a questão.

O reino por uma alavanca! É dar suporte e a consultora Ana Maria del Litto Sturmhoebel faz da Santa Casa um modelo hospitalar. No aguardo de modernidades - tomógrafo novo, Cardiologia e mamógrafo, a administração, ainda assim, mantém um padrão invejável.

Liquidez! Até agora choveu, no mês de agosto, segundo Dalva Maidana, da Fepagro, 31.4mm. A média do período é de 67 mm (nanica também). A temperatura mínima aconteceu no dia primeiro 4.4º.C e a máxima 28º.C dia cinco.

Scritus rarus. Conversa entre co-irmãos numa manhã de sábado. Há três tipos de jornal circulando na comuna: o ruim, o muito ruim e aqueles que nem são. Apenas gastam preciosa celulose. O PV deveria tomar uma atitude.

Fora! Os uruguaianenses estão ligados, de verdade, nos acontecimentos nacionais e internacionais. Já há comunidades no ORKUT exigindo a saída chispada de Zelaya (Honduras), Sarney (Ilha da fantasia) e pelo sul, nomes conhecidos estão sendo convidados prá ir ao banheiro…

Emoções. A emocionada professora Alba Sigaran Tarragó foi destaque nos quesitos - alegria e animação - durante o primeiro espetáculo de Roberto Carlos em Porto Alegre. A conterrânea cantou, animou e contagiou a todos que estiveram no Gigantinho. Essa é a verdadeira saúde civil que vale ser vivida.

Pintou no BLOG. Será que não é hora de indagarmos se o perfil da Califórnia não cansou? Ainda haveria público interessado diretamente na Califórnia? E o importante: teríamos músicas capazes de seduzir as atenções? Sabe-se que muitas vezes as "tertúlias" atraiam mais público do que o próprio festival. A borracheira e a farra também.

Duas caras e uma máscara. Bancária diz da irritação em ser obrigada a utilizar máscara e álcool enquanto as reuniões, por exemplo, no Palácio do Barão são realizadas com todo mundo de cara limpa. Faz sentido.

Segredinho. A Loja Jayme Tarragó foi a única a não observar o recesso determinado pela Prefeitura que pretendia evitar aglomeração em templos, igrejas, clubes e boates.

Pioneiro. Foram lançadas as primeiras sementes de “noz pecã” em solo uruguaianense. Uma maneira de fugir da monocultura arrozeira. Ao inovador sorte, e que os decantados (em prosa e verso, mais em prosa), incentivos financeiros e técnicos cheguem ao produtor, mesmo.

Show do Chapa C/dia 22 de agosto em Uruguaiana.

Palpiteiros. Chapa branca prá o Tribuna é PAX. E não há motivo para desespero por máquina de reimprimir release.

Tirando o chapéu. A consciência e efetividade do pneumologista Cláudio Barzoni Crespo, diante o H1N1, foram absolutamente imbatíveis. O procedimento adotado por ele deveria servir de piloto para o Rio Grande.

O Lambido, empinadinho, anda amistoso. Salas e salões esvaziam. Os espirros tolerados e os amigos postando no Blog na defesa do engomado - que ele chega parecer que desapareceu. Mas, aqueles tons discretos e as chaves seguem enchendo os olhos e tilintintando os ouvidos. * Ah e carros grandes.

Coluna do escritor Benhur Bortolotto.

Quatro recomendações e um alerta exagerado

Foi o meu amigo Rônei Rocha quem mandou o vídeo de uma música curiosa, e já a tinha esquecido quando pude ver a Lígia Molina Silva cantando aquelas palavras com um riso profético, espontâneo e, é de se dizer, sádico, porquanto “Chatterton” é um encontro que me proporcionaram essas duas pessoas. É preciso fazer uma concessão aos exageros da Ana Carolina, que, neste caso, até que foram mais adequados. Vale a pena ouvir.

O Carlos Appel, meu editor, me presenteou com um livro do Donaldo Schüler, publicado pela Movimento, Fronteiras e Confrontos, em que ele faz um apanhado geral dos temas do último fórum Fronteiras do Pensamento, realizado aqui em Porto Alegre. A capacidade de abstração de Donaldo tem, à disposição, sua cuidadosa formação cultural, que o permite fazer associações nas quais podemos encontrar rudimentos essenciais a uma exegese mais honesta e responsável dos temas propostos. De Donaldo, algumas vezes, discordei com estarrecida admiração, pois nem poderia discordar dele antes de atentar para certos aspectos que me passavam despercebidos até que me fossem apontados pelo indicador instigante de sua erudição: é o tipo de intelectual que torna o debate mais vernacular.

Jorge Luis Borges, num dos brilhantes ensaios que podem ser encontrados no livro Outras Inquisições, situa a importância de Pascal em seu devido lugar. Ultimamente, tenho visto muita gente recorrer a Pascal para suas dissecações, mas, como nos lembra Borges: “Vi-os, antes, como predicados do sujeito Pascal, como rações o epítetos de Pascal. Assim, da mesma forma que a definição quintessence of dust não nos ajuda a compreender os homens a não ser o príncipe Hamlet, a definição roseau pensant não nos ajuda a compreender os homens, mas sim um homem, Pascal”. No livro ainda se pode ler um ensaio que estabelece a Opção de Jesus como suicídio. Sem dúvida, o suicida mais célebre da história – poderia estar incluído em Chatterton.

Martha Argerich Conversa Noturna é um documentário de Georges Gachot em que a pianista argentina fala de sua relação com a música e com os compositores que interpreta. É, para mim, de Martha Argerich a melhor gravação do Rach 3, uma de minhas peças preferidas. E sua existência me parece complementar a de Chopin, que era muito menor antes dela.

Gibran Khalil Gibran tem um pequeno conto sobre um uma cidade cuja população enlouqueceu após ter sua fonte de água contaminada por, se não me engano, um feitiço. O rei, talvez um sultão, que bebia de outra água, permanecia lúcido diante do arrebatamento geral de insanidade, e os súditos preocupavam-se com o soberano que perdera a razão. Sem vislumbrar melhor alternativa, este soberano bebeu a água enfeitiçada e o povo comemorou que o soberano houvesse recobrado a razão. Às vezes, têm-se a impressão de que é o povo quem precisa, diante das circunstâncias, ir beber deliberadamente da água enfeitiçada.

Coluna Contos dos Cantos da Gente, por Valéria Surreaux.

O caixão

A cada seis meses repetia-se o macabro ritual de Camélio tirar o caixão de cima de seu guarda-roupa, colocá-lo na mesa da churrasqueira e ficar por horas lustrando com um trapo encharcado de verniz e Jimo Cupim. Tubos de pasta de dentes esfregados com força nas alças até deixá-las com um brilho de aurora.
- Vejam bem, o dia que eu me deitar aqui dentro, quero estar como uma rainha. A camisola de seda dourada está onde vocês sabem e atraquem sombra verde-músico nos meus olhos. Ao redor de todo o crânico, bastante margarida pra esconder as carapinha que nunca estão bem limpas, não há água que penetre, são impremeáve esses arames. Marina e Corinta queriam ajudar, mas ele não deixava. Ninguém, além dele, e por força das circunstâncias, o carroceiro, que em casos extremos fazia sua mudança, já haviam tocado no aparato que paciente-mente aguardava seu derradeiro mister.
- Acaba logo com isso, Camélio! Se chegar uma visita não tenho explicações razoáveis para tamanho absurdo.
- Dona Marta, tenha dó, que visita? A senhora nem recebe mais visita.
- Sim, e quando recebo tu mandas de volta da porta mentindo que estou em Bariloche ou tocando piano. Como se não soubessem que nunca toquei piano e sequer tenho esse instrumento em casa.
- A senhora deixe isso comigo, eu sei o que faço. Ninguém precisa saber que a senhora tá deste jeito, nesta naba cuiúda e ir pra Bariloche e tocar piano são duas coisas loucas de chique que eu sei.
- Eu não mereço um fim de vida desses!
- A senhora que me perdoe, mas infelizmente não tá no fim da vida, só o que tem é doença inventada, só morre de raio guacho. Em vez de reclamar devia se precaver como eu, que tenho meu caixão há anos, já a senhora não tem onde cair morta mesmo.
- Cada desaforo que tenho que aguentar.
- Pois é, agora me dê cancha que eu vou passar com meu caixão no lombo, que já ta alumiando.
- Todo o azar da minha vida eu atribuo a este caixão que permiti que ficasse dentro da minha casa, durante todos esses anos.
- Bueno, sinhá, agora vou me recolher pra minha suíte. Se a senhora quiser companhia prá ver a novela me pegue o grito.
- Corinta, minha filha, me alcança um Lexotan?
- Não tem mais, mãe.
- Então uma aspirina, diz, tapando os ouvidos com as mãos pra livrar-se do ruído do caixão empurrado contra a madeira do guarda-roupa.
- Sinhá, suba pra seu quarto que vou lhe levar uma carqueja, já se esqueceu que não tem mais conta na farmácia? Agora prá se curar aqui nessa casa só na base do jujo.
- Verdade, diz dona Marta, rendendo-se a sapiência de Camélio e invejando seu ostensivo cuidado com tão pouco convidativo futuro.

Presidente da AUL coloca ponto final no debate

Em apenas cinco meses de atividade, o presidente da Academia Uruguaianense de Letras, Ricardo Pereira Duarte provocou indignação entre os membros da entidade ao alterar o estatuto da mesma. Ofereceu aos acadêmicos que vivem longe da cidade, a opção de serem membros honorários, já que como efetivos devem participar de pelo menos cinco reuniões anuais. Nesta semana, Duarte foi ouvido pelo Jornal Tribuna. Autor de nove obras literárias ao longo de 20 anos, o presidente da AUL garante não ter vivido anteriormente novela como essa em suas gestões anteriores (Califórnia 1982 e Sindicato Rural de Uruguaia-na - 1987).

Tribuna – O senhor realizou mudanças no estatuto da entidade que acarretaram em descontentamentos por parte de alguns membros. Quais foram estas alterações?
Ricardo Duarte –
A Academia tem membros efetivos, beneméritos (no caso do prefeito Sanchotene Felice), membros honorários e correspondentes. O membro correspondente é uma pessoa que tem ligação conosco. Os honorários são pessoas que têm mérito suficiente e que já tenham publicado obras e bem relacionados com a AUL, mas não precisam pagar anuidade e nem frequentar reuniões. São uruguaianenses que moram fora. E foi oferecida a estas pessoas que não residem aqui, a possibilidade deles dizerem em qual categoria se enquadrariam, podendo permanecer como efetivos. No caso do Carlos Omar Vilella Gomes, que não mora em Uruguaiana, fez questão de permanecer como membro efetivo. Virá à cidade para frequentar as reuniões. Outros, sem a possibilidade de deslocamento, optaram por serem membros honorários, como Cícero Lopes, Tabajara Ruas e José Édil de Lima Alves.

Tribuna - Como o senhor analisa a saída de três membros da entidade após estas mudanças?
Ricardo Duarte -
Não consigo entender muito bem porquê estas pessoas se acharam deslocadas, ou talvez, serem consideradas membros efetivos é tão significativo, que na impossibilidade de assim o ser, tenha causado grande desconforto. Na verdade, creio que a reação não foi muito lúcida. Nós não tínhamos como beneficiar estes, sem prejudicar os outros. Em democracia, a vontade da maioria é primordial. Não sei por quê essas pessoas aceitariam viver numa situação de desorganização, sem regras. Pode ser confortável para eles, mas não para a diretoria, porque é impossível administrar qualquer instituição sem regras. Se a gente não obedece às regras, qualquer ação da diretoria pode ser criticada.

Tribuna – Qual era o seu principal objetivo ao alterar o estatuto?
Ricardo Duarte -
Sou um organizador, não consigo trabalhar sem organização. Quando fui eleito, as pessoas que me levaram à presidência me conheciam, e me conhecendo, deveriam saber que tenho esta característica. Realmente, a Academia estava precisando de organização. Onde chego, procuro saber se existe estatuto, regra ou conjunto de normas, e a gente tem de se adequar a elas. No caso da Academia era completamente impossível organizar e administrar com o estatuto existente, porque não tinha condições de formar quórum para decisões importantes, pois a maioria morava fora de Uruguaiana. Foi uma medida inteligente da Assembléia-Geral. Não foi uma medida da diretoria nem do Ricardo. Penso que foi uma medida administrativa saudável, permitindo que todos tivessem condições de participar.

Tribuna – Passados os contratempos, quais os planos da Academia para este ano?
Ricardo Duarte -
O principal objetivo é tentar descobrir novos talentos. Queremos fazer com que as obras dos atuais acadêmicos sejam conhecidas. Para isso, já pedimos que os membros apresentem um currículo atualizado e relação do conjunto de suas obras. Pretendemos colocar todas as obras uruguaianenses na Biblioteca Prado Veppo e disponibilizar estante de livros de autores uruguaianenses em todos os hotéis da cidade. A nossa participação na Feira do Livro tem que ser mais efetiva. Promoveremos saraus e oficinas literárias. Recebemos do município uma sala no Centro Cultural, onde será nosso endereço. Lá, pretendemos organizar o acervo cultural e a galeria dos autores uruguaianenses. Queremos transformar a Academia em órgão de utilidade pública. Temos diversos projetos para a nossa gestão, na medida em que nos deixarem trabalhar em paz (risos), fazendo diversas atividades em prol das letras.

Coluna O Estradeiro, especial por Waldir Bengivenga.

Roubo de cargas é recorde no Estado de São Paulo

O número de roubos de carga bateu novo recorde no primeiro semestre do ano. Houve 23% mais ocorrências entre janeiro e junho do que no mesmo período de 2008. Em valores, o crescimento percentual foi semelhante e chegou a R$ 134,2 milhões em cargas roubadas neste ano no Estado de São Paulo.
De acordo com a Fenaseg (Federação Nacional dos Seguros Gerais), o percentual de sinistros sobre as cargas seguradas (roubadas) atingiu 90% de janeiro a maio. A situação é tão grave que algumas seguradoras têm saído da área, ou se recusado a fazer apólices de empresas transportadoras de produtos como eletroeletrônicos, celulares e medicamentos.
Os dados sobre o aumento no roubo a carga são do Setcesp (Sindicato das Empresas de Trans-portes de Carga de São Paulo), baseados em números da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Pelo Estado circulam 53% das cargas transportadas no país, porém apenas a secretaria paulista fornece às entidades do setor in-formações sobre os roubos para análise.
Seguradoras têm se recusado a fazer apólices de determinadas cargas. “Não aceitamos determinados riscos, alguns, só sob restrições, e, no caso de eletrônicos, as condições têm de ser especialíssimas”, diz um empresário do setor de seguros, “As empresas têm participação obrigatória, não indenizamos 100% do valor, e tem de haver sistemas redundantes de segurança.”
Rastreadores e sistemas de proteção, já não são mais suficientes, pois são desarmados com outras ferramentas tecnológicas, que são facilmente encontradas na cidade. “Na semana passada, demos uma batida atrás de um caminhão roubado e, quando chegamos ao galpão, havia apenas o equipamento de localização”, diz Itagiba Franco, delegado da Divecar (Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas). “A carga e o caminhão não estavam lá.”
Segundo Paulo Roberto de Souza, coronel reformado do Exército e assessor de segurança da federação e da associação nacional de trans-portes, os custos com seguros e medidas de gerenciamento de risco das empresas giram entre 12% e 15% com relação ao faturamento anual, em média. “Mas conheço empresas de grande porte nas quais o valor chega a 17% do total”, diz Souza.

Coluna Diálogo Interior, por Emílio Jacques.

Por que?

Por que uma pessoa está triste e a outra, feliz? Por que uma vive cercada bens materiais, alegre e próspera e a outra, pobre, solitária e sem nada? Por que uma está assustada e ansiosa e a outra, cheia de confiança e segura de si? Por que alguém tem uma casa bacana, confortável, enquanto outros levam uma vida humilde, em vilas ou favelas?
Por que uma é um grande sucesso na vida e a outra, um completo fracasso? Por que alguém é extremamente popular e o outro, um ignorado, sem qualquer expressão? Por que uma é genial em sua profissão e a outra, mesmo trabalhando por toda a vida, não consegue realizar coisa alguma de que possa se orgulhar? Por que uma é salva de uma doença grave e a outra, não? Por que tantas pessoas “boas” sofrem, na mente e no corpo, como se já estivessem condenadas? Por que tanta gente “ruim” prospera e desfruta de uma boa saúde? Por que alguns casamentos são contemplados com a felicidade e outros com o desentendimento? Afinal, o que é ser bom ou ser ruim? Quem é merecedor? Quem merece a dor? Trocadilho sem graça.
Sem ter a pretensão de sequer aprofundar este assunto, levanto estas perguntas que muitos de nós fazem a si mesmos em algum momento do dia ou da vida. Semanalmente deixo de lado aquilo que, talvez, fosse o mais simples de fazer, que seria escrever sobre as terapias com as quais trabalho, muitas ainda desconhecidas das pessoas que vivem longe dos grandes centros. Algumas são práticas antigas, outras nem tanto. Porém, todas são terapias não invasivas ou agressivas à saúde por serem naturais, de incontáveis e duradouros benefícios, e que nos tem chegado com maior intensidade nessa nova era. Tempos desafiadores, controversos, confusos e de grandes mudanças. Tempos de incertezas.
Tento fazer a minha parte, e é exatamente isso que me faz estar aqui, escrevendo sobre algo que possa ajudar você em algum momento, não importando suas crenças ou descrenças religiosas, seu grau de instrução ou sua formação cultural, porque estas “ferramentas” transcendem o tempo, os dogmas religiosos e a cultura. Não há vínculo algum com sistemas de crenças, que fique claro.
Semana que vem, ou na próxima coluna que eu escrever, continuamos. Fica no ar, sem ser vírus, este tema que é bastante vasto. Abraços.

Dito e feito: Quem tece teias, encera a vida


Texto e foto de Valéria del Cueto

Quando você ler esta narrativa, o que agora escrevo e descrevo, estarei a milhares de quilômetros da minha realidade atual: uma canga (sempre ela) estendida no gramado dos fundos do chalé onde descanso do trabalho, nos finais de semana.

O vento balançando a gigantesca mangueira em plena floração, enche o espaço de micro florezinhas. Este perímetro, aí incluindo meus cabelos já salpicado de florinhas, é todo delas que também se abrigam na costura do caderno onde escrevo agora (e quase sempre) e até na a teia de aranha, construída na grade verde que protege a porta da cozinha.

Há alguns finais de semana que acompanho a construção dessa teia, torcendo para que dona Elza não passe por aqui com sua vassoura, o que agora, com a quantidade de florezinhas presas nas garras da aranha-mor, não vai demorar para acontecer. Na verdade, a teia só sobreviveu a faxina semanal por que vim mais cedo pra Chapada dos Guimarães essa semana e atrapalhei a concentração de Dona Elza jogando conversa fora, pra variar. Assunto entre nós é o que não falta.

* Continua no link