Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 11/15/15

15 de nov. de 2015

É a lama!

SLucas 151028 046 bota alpargataÉ a lama

Texto de Cassio Novo e Valéria del Cueto
Cassio Novo “Não há nada, no atual momento, mais ensurdecedor do que o criminoso silêncio da mídia sobre o desastre ambiental na maior bacia hidrográfica da região sudeste do país! Percebam que nem coloco em destaque a questão da atribuição de culpas e responsabilidades (expediente usual da nossa imprensa). Mas à inexistência da cobertura. Qualquer que seja. Silêncio criminoso. Aviltante. Perturbador.”
Valéria del Cueto “Há sim. O silêncio de quem flexibilizou a concessão de licenças ambientais, desmontou as agências fiscalizadoras e criou facilitadores para a distribuição indiscriminada de recursos públicos e incentivos fiscais para o "desenvolvimento industrial" visando a aceleração econômica em detrimento da proteção ambiental, meu querido geógrafo.”
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*Cassio Novo é geógrafo, especialista em análise ambiental e gestão do território e doutorando em Geografia, Cultura e Natureza no PPGEO/UERJ.
**Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Crônica da série “No Rumo” do Sem Fim...
E3- ILUSTRADO - SABADO 14-11-2015

Mercado de trabalho, por Gabriel Novis Neves

Mercado de trabalho
Vivemos em um período de muitas transformações e contradições, onde o certo e o errado se confundem no imaginário popular.
Com o sucesso do Plano Real na segunda metade da década de noventa, foram fincadas as bases da estabilidade econômica no nosso país.
Isso permitiu maior oferta de empregos, tanto nas atividades ditas tradicionais, quanto nas novas.
Entretanto, a qualidade da mão de obra, pela nossa deficiência educacional, dificultou o crescimento do emergente mercado de trabalho.
Ficamos com um problema de difícil solução, que era atender ao crescimento do Brasil.
Como resolver em brevíssimo espaço de tempo a qualificação dos trabalhadores com pouca escolaridade?
A missão é difícil, mas não impossível, desde que se torne um programa de prioridade nacional.
Com vontade política dos nossos governantes em realmente investir pesado e sem erros em educação básica e técnica, teremos a tão desejada mão de obra necessária ao nosso desenvolvimento.
O governo, contudo, está mais interessado no ensino superior que, quando de qualidade, dá maior visibilidade ao país pelas suas conquistas e inovações.
Atualmente, temos no país um ensino superior público caríssimo e que consome grande fatia do orçamento do Ministério da Educação, formando profissionais de qualidade duvidosa, quando não, maus profissionais.
Um bom ensino técnico é prioridade para esta nação. É bom lembrar que profissionais de ensino técnico conseguem, inclusive, salários melhores em relação aos de nível superior.
É triste verificar a quantidade de pessoas com nível de escolaridade superior sem emprego, com desvio ocupacional para baixo e com salários irrisórios.
O país investe maciçamente no ensino universitário, muitas vezes com cursos ornamentais e ociosos quando a nossa prioridade e o mercado estão a nos mostrar a necessidade premente de excelentes profissionais de nível técnico.
Temos de continuar a buscar novos conhecimentos científicos para conquistarmos nosso espaço entre os países desenvolvidos, porém, nunca esquecendo os bons técnicos para conquistar o seu espaço no mercado de trabalho.