Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 05/15/15

15 de mai. de 2015

Folclore portugês, ensaio fotográfico de Valéria del Cueto

53 aniversário do Grupo Folclórico Almeida Garrett, 01 de maio de 2015, na Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, na Tijuca, Rio de Janeiro.
Maurício d'Paula, do Rancho de Folclore Pedro Homem de Melo, de São Paulo, mais uma vez é o facilitador de um novo objeto de registro:
"Chapéu, lenços, tamancos e chinelos. Pares e rodas, mãos para o alto. Saias rodadas, instrumentos e canções. Vinho, azeitonas e tremoços, Louça de barro, motivos florais. Já viram isso? Está por aí, aqui."
AQUI a crônica "Vamos ao vira!" sobre o evento.
Por Valéria del Cueto, @no_rumo para delcueto.wordpress.com

O difícil momento, por Gabriel Novis Neves


O difícil momento 

Fomos educados para o trabalho como forma digna de vida. “Só o trabalho dignifica o homem”, ouvíamos quando crianças. 
O lazer, o descanso e o ócio não eram aceitos, e quando os praticávamos tínhamos a sensação de ter feito algo errado. 
O prazer teria de ser punido. 
Esse modelo educacional foi o responsável por uma infinidade de neuróticos dessa verdadeira fábrica de pessoas com baixa autoestima. 
O trabalho braçal é que caracterizava o trabalho dito aceitável, quando sabemos que o maior de todos é o ato de aprender. 
Vivemos em um país de analfabetos exatamente porque é preciso de muita dedicação e horas de estudo para alcançarmos nossos objetivos. 
Todo trabalho intelectual, artístico, cultural, científico é visto com ressalvas, só aceito quando o sucesso é o seu resultado. 
Entende-se, atualmente, como sucesso, o ganho de muito dinheiro, único indicador de valorização das pessoas - pelos bens materiais capazes que se locupletarem. 
O pior, é que os trabalhadores de ofício são tão mal remunerados que os seus salários são inacreditáveis. 
Imediatamente vem a estúpida comparação  com os gênios da música, ciência, esportes, artes, que são um ponto na constelação dos bilhões de habitantes do planeta Terra.
Compreender que somos, com o tempo, ultrapassados é o novo desafio para entender a necessidade da aposentadoria como uma dádiva, e não, um castigo após anos de intensa labuta. 
Não fomos treinados para viajar, pensar, ficarmos sozinhos, apreciarmos a natureza, ouvir o cântico dos pássaros, o silêncio da noite e até mesmo desfrutar de novos relacionamentos. 
O momento de parar de trabalhar é quando temos a oportunidade de cuidarmos de nós mesmos. 
É uma decisão inevitável, mas traumática para muitos de gerações passadas.