Em 2012, com 2.202 votos, Josefina Soares Bruggemann foi eleita para o sexto mandato
consecutivo em Uruguaiana. Ela foi eleita pela primeira vez em 1992. Josefina Soares
é casada com Valter; mãe de Edison, Sérgio e Eduardo; e avó de Kamila e
Leonardo. Usando de uma linguagem direta e popular, Josefina Soares
tem um programa de muito sucesso aos domingos, das 7h às 14h, na Rádio Líder
FM.
Tribuna - O que você acha que
contribuiu para que fosse eleita para o sexto mandato consecutivo?
Vereadora
Josefina: Meus mandatos anteriores, minha proximidade com o povo e principalmente
a identificação dos uruguaianenses com a minha identidade. A comunidade carente
vê em mim uma representante, e os que possuem um patrão social mais elevado, me
têm como uma batalhadora. Estes fatores certamente contribuíram muito.
Tribuna - Para você qual é tarefa
principal de um vereador?
Josefina: Cabe ao vereador
fiscalizar, estar atento às ações do Executivo, bem como apresentar projetos
que atendam as reivindicações da comunidade. Costumo dizer que meu trabalho é
planejado junto ao povo, pois é ele que rege meus atos. Todos os projetos
apresentados por mim ao longo dos meus mandatos têm uma história, estão ligados
a uma situação. Sempre que atuo é por sugestão e pelo bem da comunidade.
Tribuna - Quais são suas principais
metas para os próximos anos?
Josefina: Tenho muitas ideias
e projetos pela frente. Meu mandato foi interrompido e muitas metas já estavam
no papel quando tudo aconteceu. Tenho pressa de voltar a trabalhar com
autonomia, de ter força para colocar em prática projetos voltados ao bem da
comunidade. Neste novo mandato que iniciará em janeiro pretendo continuar
lutando pela comunidade mais carente, priorizando o interesse dos que não tem
vez e voz para exigir seus direitos.
Tribuna - Algum projeto
político em especial?
Josefina: Considero todos
especiais, pois dentro do seu contexto e de sua abrangência atenderão os
anseios da comunidade. Posso dizer que entre eles, os voltados à saúde e ao
emprego terão prioridade.
Tribuna - O que espera do novo
Governo Municipal?
Josefina: Não só eu, mas
acredito que todos os uruguaianenses esperam uma administração mais justa,
construída através do diálogo, do consenso, da participação da comunidade nas
decisões. Quero ver Uruguaiana crescer de uma forma amigável, onde todos
caminhem em prol do mesmo objetivo – o melhor para o município.
Tribuna - Quais são as maiores carências
do município?
Josefina: Emprego e Saúde.
Diariamente recebemos informações a respeito de pessoas que deixam a cidade
para buscar melhores condições de vida no centro do Estado. Os dados não mentem
e as pesquisas do IBGE estão aí pra comprovar. É muito triste saber que filhos
estão longe de seus pais, esposas de seus maridos e conterrâneos longe de
Uruguaiana por causa da falta de emprego. Sabemos que a falta de emprego está
ligada ao fato de as empresas de fora não investirem em Uruguaiana, mas precisa
haver uma forma de modificar essa situação. Uma das ideias é montar um programa
de redução de impostos às empresas que aqui investirem. Também trabalhamos na
elaboração de projetos voltados a realização de cursos para a qualificação da
mão de obra na construção civil, a inserção do jovem no mercado de trabalho e a
qualificação daqueles que não conseguem retornar ao mercado devido á idade avançada.
Tribuna - O que é mais urgente em
Uruguaiana?
Josefina: O setor de Saúde é
nossa grande preocupação. O INCAR precisa ser reaberto, novos médicos
contratados e profissionais valorizados. Enquanto a saúde continuar sendo
tratada com interesse próprio, vidas continuarão sendo perdidas.
Tribuna - Suas considerações
finais:
Josefina: Gostaria de
agradecer à equipe do Jornal Tribuna pela oportunidade de expressar meus
pensamentos e desde já me colocar a disposição de toda a imprensa de
Uruguaiana. Trabalho com as portas do meu gabinete abertas e estou apta a
criticas e sugestões. Vivo um momento muito especial na minha vida, pois fui
tirada da Câmara de forma injusta, por ter mudado de partido, porém volto pelo
povo e para o povo. 2012 foi um ano difícil, porém satisfatório. Encerro este
ano de cabeça erguida e de mãos dadas com aqueles que nunca me abandonaram.
Agradeço a Deus, à minha família, aos meus amigos, à minha comunidade em
especial que jamais deixou de acreditar no meu retorno e de defender minha
palavra. Estou de volta, pois assim quis o povo.
