A sessão solene alusiva a Tiradentes realizada pela Câmara
Municipal de Uruguaiana dia 17/04, foi marcada pela entrega de homenagens aos
profissionais de segurança atuantes no município. Autoridades militares e do
Poder Executivo, familiares e comunidade acompanharam a condecoração de nove
policiais no evento presidido pelo vereador, Egídio Carvalho, secretariado pelo
vereador Irani Fernandes e com a participação dos vereadores Ronnie Mello e
Adalberto Silva. “A Câmara presta homenagem a estes representantes do serviço
de segurança que tem a especial missão de zelar pela integridade física e
material dos uruguaianenses, preservando a ordem com muita responsabilidade e,
por vezes, pouca estrutura”, declarou o vereador Egídio sobre a importância da
láurea. Os profissionais foram serão eleitos pelos próprios colegas de trabalho
ou indicados pelo titular do órgão no qual é lotado. Na ocasião receberam
medalhas e diplomas pelo brilhantismo e profissionalismo na atuação no
município pelos bombeiros, 3ª Seção de Combate a Incêndio, o Sd Everton Valério
Garcia Miranda e Sd Rodrigo Moreira Silva; pela Brigada Militar, 3º Sgt Valentim
Miotto e 1º Sgt Claudiomiro Pereira;pela Guarda Municipal, Eder de Almeida
Marques e Paulo Marcelo Schott; pela Polícia Civil, inspetores Carlos Alberto
Martins Riquelme e Paulo Alcindo Fonseca; e pela Polícia Rodoviária Federal,
José Mauro Duarte.
18 de abr. de 2015
Valoe Intrínseco, por Valéria del Cueto
"Introjetado do sentimento geral de ser humano o alienígena enfileira pensamentos e reflexões, desfiando perplexidades"
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“A vida está perdendo o sentido, no sentido que todos pensam nela. Não há ficção capaz de superar a incrível realidade que vivemos.” (Pluct Plact, da TerraBrasilis). Assim mesmo, totalmente introjetado do sentimento geral de ser humano, nosso alienígena enfileira pensamentos e reflexões desfilando perplexidades por sua tela intergaláctica. Segundo ele, “Não existem padrões, cada situação pode gerar uma nova interpretação dos parâmetros, com infinitas possibilidades distintas”. “Quase nada é o que parece ser e, daqui a pouco, perde seu significado correlato adquirindo uma conotação diversa e surpreendente”.
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*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Fábulas Fabulosas”, do SEM FIM... delcueto.wordpress.com
Edição Enock Cavalcanti
Diagramação Nei Ferraz Melo
Maxixe, por Gabriel Novis Neves
Maxixe
Vivo o presente, pois o futuro é um prêmio, mas não esqueço o imenso legado que é o meu passado.
Pincei momentos gostosos daquilo que passou, já que no presente a cada dia recebemos uma dose de veneno das nossas autoridades maiores e, talvez, sentindo esse futuro incerto
Lembrei-me da 1ª feira livre na minha pequena cidade. O dia era seis de janeiro, de um ano do início da década de quarenta.
Chovia muito neste dia. A feira era uma grande novidade para nós. Foi montada na Avenida Generoso Ponce.
Durante os dias que precederam a inauguração do comércio na rua, só se ouvia falar na data da inauguração.
O esperado dia chegou e perguntei à minha mãe se ela não iria ao evento. A resposta foi surpreendente: - “Eu não posso deixar a casa e as crianças, mas gostaria que você fosse fazer as compras”.
Recebi como um troféu o convite e a pequena cesta feita de fibras de folhas de palmeiras para trazer os legumes e frutas comprados.
Não me recordo da quantia de réis (moeda da época) que ela me deu para as despesas.
Debaixo do guarda-chuva deixei a minha casa e em poucos minutos cheguei ao lugar festivo.
Nunca tinha visto aquelas barracas cheias de verduras, legumes, frutas, rapadura, doce de leite, farinha de mandioca, panela de barro, pau de guaraná para ser ralado, peixe do Rio Cuiabá, carne seca e até remédios da flora.
Fiquei totalmente perdido e atordoado diante de tanta gente alegre e entusiasmada, comprando um pouco de tudo que encontrava em exposição.
Impiedosamente, a chuva continuava o tempo todo e eu não conseguia comprar nada.
Quase voltando para casa, satisfeito por participar de uma conquista própria de cidade grande, resolvi adquirir algo para colocar na cesta vazia. Seria humilhante diante de tantas ofertas “passar em brancas nuvens” sem nada escolhido.
Uma barraca estava cheia de maxixe, um legume verde espinhoso muito apreciado por aqui quando feito com carne picadinha e arroz.
Enchi a cesta, pois o preço era ridiculamente barato. Ao retornar para casa minha mãe foi auditar as minhas compras e disse que tinha cumprido com distinção o meu dever, após conferir o troco do dinheiro disponibilizado para a missão.
No entanto, fez uma delicada pergunta, que guardo até hoje como uma relíquia da minha formação: - “Por que só trouxe maxixe?”.
“Era o produto mais barato da feira, mamãe”, respondi educadamente.
Ela somente sorriu com condescendência amorosa diante da minha resposta.
Mas, aquele sorriso me fez reconhecer a minha total inabilidade e incompetência para compras seletivas.
Aquela compra longínqua do maxixe me impede até hoje de frequentar shoppings e supermercados.
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Vivo o presente, pois o futuro é um prêmio, mas não esqueço o imenso legado que é o meu passado.
Pincei momentos gostosos daquilo que passou, já que no presente a cada dia recebemos uma dose de veneno das nossas autoridades maiores e, talvez, sentindo esse futuro incerto
Lembrei-me da 1ª feira livre na minha pequena cidade. O dia era seis de janeiro, de um ano do início da década de quarenta.
Chovia muito neste dia. A feira era uma grande novidade para nós. Foi montada na Avenida Generoso Ponce.
Durante os dias que precederam a inauguração do comércio na rua, só se ouvia falar na data da inauguração.
O esperado dia chegou e perguntei à minha mãe se ela não iria ao evento. A resposta foi surpreendente: - “Eu não posso deixar a casa e as crianças, mas gostaria que você fosse fazer as compras”.
Recebi como um troféu o convite e a pequena cesta feita de fibras de folhas de palmeiras para trazer os legumes e frutas comprados.
Não me recordo da quantia de réis (moeda da época) que ela me deu para as despesas.
Debaixo do guarda-chuva deixei a minha casa e em poucos minutos cheguei ao lugar festivo.
Nunca tinha visto aquelas barracas cheias de verduras, legumes, frutas, rapadura, doce de leite, farinha de mandioca, panela de barro, pau de guaraná para ser ralado, peixe do Rio Cuiabá, carne seca e até remédios da flora.
Fiquei totalmente perdido e atordoado diante de tanta gente alegre e entusiasmada, comprando um pouco de tudo que encontrava em exposição.
Impiedosamente, a chuva continuava o tempo todo e eu não conseguia comprar nada.
Quase voltando para casa, satisfeito por participar de uma conquista própria de cidade grande, resolvi adquirir algo para colocar na cesta vazia. Seria humilhante diante de tantas ofertas “passar em brancas nuvens” sem nada escolhido.
Uma barraca estava cheia de maxixe, um legume verde espinhoso muito apreciado por aqui quando feito com carne picadinha e arroz.
Enchi a cesta, pois o preço era ridiculamente barato. Ao retornar para casa minha mãe foi auditar as minhas compras e disse que tinha cumprido com distinção o meu dever, após conferir o troco do dinheiro disponibilizado para a missão.
No entanto, fez uma delicada pergunta, que guardo até hoje como uma relíquia da minha formação: - “Por que só trouxe maxixe?”.
“Era o produto mais barato da feira, mamãe”, respondi educadamente.
Ela somente sorriu com condescendência amorosa diante da minha resposta.
Mas, aquele sorriso me fez reconhecer a minha total inabilidade e incompetência para compras seletivas.
Aquela compra longínqua do maxixe me impede até hoje de frequentar shoppings e supermercados.
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