O médico Jorge Ribeiro, em seu depoimento à CPI, salientou que há 24 anos trabalhando na Santa Casa jamais havia presenciado uma crise dessa magnitude. Mesmo quando os problemas financeiros foram imensos não houve turbulência igual. Disse ter atuado na UTI convencional como plantonista e agora na UTI Cardio, além de funções em outros setores da saúde como médico clínico na hemodiálise e como diretor técnico do Banco de Sangue. Hemodiálise: enfatizou que o SUS paga regularmente, e bem, para que o atendimento de cada um dos pacientes seja de excelência, e que se preocupa com este setor, pois havendo apenas um nefrologista não consegue absorver a demanda de pacientes. “A Nefro precisa de mais profissionais na área técnica assim como uma reestruturação da aparelhagem de acordo com as medidas recomendadas pela 10ª. Coordenadoria Regional de Saúde". Falou ainda que não acompanha o serviço e que a sua preocupação baseava-se no volume de pacientes internados na UTI decorrente as complicações de diálise mal feita ou por problemas do próprio paciente que não reagiu adequadamente ao tratamento. Banco de Sangue: enfatiza que a sua preocupação reside no fluxograma de funcionamento onde o médico, que é o responsável técnico, seja posto em segundo plano. A responsabilidade por qualquer alteração ou aplicação inadequada do serviço, é o CRM do médico que vai estar na mira e não do administrador. Disse ver Paulo Alves (Farmacêutico e Bioquímico) eficiente e capaz na área que lhe compete. Porém, sempre vem sendo chamado de médico e ser o responsável pelo Banco de Sangue [duas condições que na verdade não lhe cabem]. O secretário Shneider jamais ouviu dele as dificuldades ou anseios em ralação ao serviço. Quando pela primeira vez foi até ele levar as reivindicações foi demitido – sumariamente. Também explanou sobre o documento da UTI Pediátrica, onde mostra um descaso do BSPMU, quando um óbito neonatal ocorreu e não houve plaquetas para ministrar na criança. A desculpa seria o alto custo e as plaquetas tem vida curta não sendo possível realizar o procedimento. Documento assinado pelo Dr Menegaz e Drª. Ana Clausel. Na Câmara o médico teria avaliado o senhor Paulo Alves como figura administrativa e de marketing, já que o mesmo não é responsável, de direito, pelo Banco de Sangue. UTI Cardio: Falou da importância da manutenção do Dr. Mota e da pressão que teria sofrido do diretor técnico – Dr. Crespo, numa noite, que pretendia para esvaziar a UTI Cardio e passar os pacientes à UTI geral já que era uma decisão administrativa. Não aceitei e disse que se houvesse um documento assinado eu assim o faria, mas sem documento assinado eu não retiraria os pacientes.