Texto e foto de Valéria del Cueto
O dia amanhece e o sol se esparrama ainda frio pela porta aberta do chalé na beira da piscina. Sentada no sofá observo seu desenho espalhado no balcão da cozinha, passando pelos bancos altos, a cesta cheia de cachos de flores de primavera multicoloridas ressecadas, o piso de taboa corrida que tanto trabalho, alegria e orgulho deram para Dona Elza, a ponta do sofá onde escrevo e a mesa do centro da sala.Ainda é cedo, muito cedo, mas é hora da partida. Ao contrário de muitas outras manhãs de segunda feira não me despeço da casinha amarela com um singelo “até mais, daqui a alguns dias eu volto, me espera...”
É um adeus, em que nada fica para trás.
* continua no Sem Fim...