Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Uruguaiana na rota da droga e das armas

10 de fev. de 2010

Uruguaiana na rota da droga e das armas

Operação Grande Oriente
Desde abril de 2009, a Delegacia de Polícia Federal em Uruguaiana investigava o comércio ilegal de armas de fogo na fronteira do Brasil com o Uruguai. No decorrer da investigação, apurou-se a vinculação de um dos suspeitos, o uruguaianense PRFP, não só com o comércio clandestino de armas, mas também com o tráfico de drogas, sendo que a investigação foi fracionada para fins de investigação de ambos os delitos. PRFP era responsável pela distribuição de “crack” em nível regional, entregando o entorpecente a traficantes varejistas das cidades de Uruguaiana e Alegrete. O fornecedor da droga distribuída por PRFP era o detento RFSS, recolhido na Penitenciária Estadual do Jacuí-PEJ, em virtude de condenação por homicídio. RFSS fazia uso de telefones celulares e liderava o tráfico de drogas de dentro da PEJ. Para tanto, era auxiliado pela sua mulher, ISM; pela sua irmã, RCSS; por uma amiga, RJM; e por outras mulheres que faziam as vezes de “mula”, ou seja, transportadoras de drogas. Uma das “mulas”, RSN, foi presa em flagrante em Uruguaiana, transportando 1,012 Kg de “crack”. RSN encontra-se presa na Penitenciária Modulada de Uruguaiana. Outra, de nome ASN, foi presa em flagrante ainda em 2009, juntamente com o distribuidor de drogas PRFP e com o indivíduo ERAC. Como RSN havia sido presa em Uruguaiana, os traficantes mudaram sua tática de transporte, determinando à “mula” viajasse até a cidade de Itaqui/RS, onde seria buscada, de carro, por PRFP e ERAC. Assim que deixaram a cidade de Itaqui, PRFP, ERAC e ASN foram presos em flagrante, transportando 1,207 Kg de “crack”. RFSS, além de vender “crack” para a fronteira oeste do Estado, mantinha um ponto de comércio varejista de entorpecentes, no bairro Cristal, na Capital, capitaneado por sua irmã RCSS. RCSS, auxiliada pela esposa de RFSS e por moradores da vizinhança, comercializava “crack” a mando de RFSS. O “crack” comercializado por RFSS era adquirido de distribuidores nacionais na fronteira do Brasil com o Paraguai. A amiga de RFSS, RJM, fazia viagens à fronteira com o Paraguai para buscar entorpecentes. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e realizadas as prisões preventivas de ISM, RJM, AAM e RCSS. Quanto às investigações da importação ilegal de armas e munições, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão contra investigados residentes em Bento Gonçalves/RS, Cotiporã/RS, Santa Maria/RS, Nova Esperança do Sul/RS e Alegrete/RS. Os investigados da importação ilegal de armas e munições não têm vinculação com o tráfico de drogas ou com o crime organizado e são atiradores e caçadores que adquiriram armas e munições em solo Uruguaio, de forma clandestina, em busca de preços mais atraentes e da facilidade de aquisição de armas naquele País.

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