Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO II

20 de jul. de 2010

INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO II

Preparação técnica e formação ética-política do professor
Ao longo de sua trajetória histórica, a humanidade, à medida que se complexificava em sua expressão social, institucionalizava os processos interativos de formação. Por isso, tais processos deixaram de ser informais e passaram a ser formalmente planejados e executados. A instituição escolar e os sistemas de ensino são o resultado objetivo e concreto desse desenvolvimento.
O que produz o sucesso ou o fracasso escolar é o fato de o aluno ter ou não ter uma atividade intelectual – uma atividade eficaz que lhe possibilite apropriar-se dos saberes e construir competências cognitivas.
No centro da questão do sucesso ou do fracasso escolar, é preciso, portanto, inserir a atividade intelectual. Por que o aluno estuda ou não estuda? Por que o aluno se mobiliza ou não se mobiliza intelectualmente? Por que mobilização e não motivação? A idéia de motivação remete a uma ação exterior: procura-se alguma coisa que motive o aluno. A idéia de mobilização remete a uma dinâmica interna, à idéia de motor (logo, de desejo): é o aluno que se mobiliza.
Mas, para que ele se mobilize, é preciso que a situação de aprendizagem tenha para ele sentido, possa produzir prazer, responder a um desejo. É a primeira condição para que o aluno se aproprie do saber.
Para que o aluno se aproprie do saber é preciso que ele tenha ao mesmo tempo o desejo de saber e o de aprender. De onde vem e como se constrói o desejo de aprender, essa mobilização intelectual que exige somatório de esforços? Concretamente , na aula, é a questão da aula interessante.
A segunda questão fundamental, que também se coloca no cotidiano da escola, é a da atividade intelectual eficaz para apropriar-se de um saber. Para ser eficaz, essa atividade deve respeitar certas normas, impostas pela própria natureza dos saberes que devem ser apropriados e por regras sociais ( contextos sociais). A eficácia da apropriação está no atendimento à normatização escolar e social.
Para adquirir o saber, é preciso, portanto, entrar em uma atividade intelectual, o que supõe o desejo, e apropriar-se das normas que este saber implica/significa na vida do aluno, considerada a relevância social.
A “cria” do homem nasce inacabada, imperfeita e, torna-se homem apropriando-se, com a ajuda de outros homens, da humanidade.
A educação é essa apropriação do humano pelo indivíduo. Ele não pode apropriar-se senão do que está disponível em um lugar e em um momento determinado da história de vida de cada um.
Aprender não é apenas adquirir saberes é, também, apropriar-se de práticas e de formas relacionais e confrontar-se com a questão do sentido da vida, do mundo, de si mesmo.

Questionamento
Frente ao desafio, sempre presente, do ser professor educador:
- O QUE ESTAMOS DISPONIBILIZANDO AOS NOSSOS ALUNOS?
- OPORTUNIZAMOS UM APRENDER PRAZEROSO, EM RESPOSTA AO DESEJO DE SABER?
- FAVORECEMOS O SUCESSO ESCOLAR?

Dirce Gracioso Soares
Presidente

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