O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinará R$ 65
milhões ao Fundo Amazônia para a realização do Inventário Florestal Nacional
(IFN), que deve ser concluído em 48 meses. Os recursos, não reembolsáveis,
serão usados para colher informações sobre as características da vegetação em
áreas desmatadas e que se encontram em processo de regeneração por abandono ou
outras razões.
De
acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, além da Amazônia, o
inventário será realizado também em todos os estados e permitirá ao governo
conhecer os ecossistemas florestais do Brasil. O mapeamento, já realizado em
Santa Catarina e no Distrito Federal para testar o modelo proposto, ocorrerá em
22 mil pontos de amostras no país, sendo 4 mil deles somente na região
amazônica.O IFN também revelará a percepção das populações locais sobre a
existência, uso e conservação dos recursos florestais. Para cada um dos pontos
amostrais, serão entrevistados moradores em um raio de até dois quilômetros
quadrados.
O
inventário permitirá a formação de um panorama abrangente sobre a qualidade e
as condições do que hoje se conhece como cobertura florestal. As espécies
arbóreas existentes, o estoque de biomassa e carbono, a qualidade dos solos, o
nível de degradação das florestas e a saúde e vitalidade das árvores, por
exemplo, poderão melhorar a formulação e a implantação de políticas públicas. O
primeiro inventário florestal abrangendo todo país foi realizado na segunda
metade da década de 1970 e os resultados divulgados em 1983.
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