Colheita da maçã - Uruguaiana.

A Colheita da Maça não é mais a preferida entre os trabalhadores que buscam empregos fora do município. De acordo com o coordenador do SINE, Tiago Inda, as opções em um frigorífico na cidade de Nova Araçá e em uma metalúrgica em Sapiranga, empregaram em janeiro 60 homens uruguaianenses, com a possibilidade de serem efetivados. “A colheita é um emprego temporário, eles vão e voltam, já esses dois não, se for uma pessoa que atende os requisitos da empresa ela vai ser contratada. Tem gente que já foi embora com toda a família, já esta contratada e morando lá”, disse o coordenador. Este ano ninguém procurou a agencia de empregos em busca de vagas para a colheita na cidade de Vacaria, “as pessoas preferem ir clandestinamente do que vir aqui e trazer a carteira de trabalho, não tem custo algum, é só ter a documentação, CPF, Identidade e Carteira de Trabalho” concluiu Tiago.

Conforme informou o SINE, o último ônibus saiu no mês de novembro de 2012 com 28 pessoas já com carteira assinada e exame médico. A Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Uruguaiana (GRTE), em conjunto com a Polícia Federal, abordou dois ônibus na quarta feira, dia 16, que transportavam pessoas para trabalhar na Colheita. Aproximadamente 80 homens  e mulheres faziam o percurso de Uruguaiana à Vacaria, de forma irregular e em condições precárias. O Auditor Fiscal do Trabalho, Vitor Ferreira, conta que a viagem dura mais de 12 horas e os ônibus, em sua maioria, não possuem banheiro, água e segurança. Os 80 entrevistados não sabiam nada sobre as instalações, salário e a permanência no local. “A viagem nestas condições é arriscada e ofensiva aos trabalhadores. Os recrutadores que estavam nos ônibus foram encaminhados para a policia e determinamos que a viagem só podia ser recomeçada após cumprir com todos os requisitos legais. Para evitar problemas futuros, estamos monitorando os recrutadores e abrindo ações fiscais nas empresas que demandam esta mão de obra” explicou ele.

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